Vamos começar a pensar a performance por vias de um desvio de entrada. A pergunta pela qual nos guiaremos será:
Que imagem constrói uma performance?
Ao invés de perguntarmos pelo significar, em primeiro plano, tentaremos perceber a imagem formada e daí os signos de uma constelação cognitiva. E essas cognições vêm recheadas de sentidos, tanto no sentido do sensível quanto no sentido direcional de apontamento. Uma cognição mista entre a razão e a emoção.
O signo proclama o enigma como sua fonte vital; na arte é do enigma que se extraem as perguntas, o desejo de se relacionar com o objeto. O enigma doa à estética formal sua energia expandida. Sem esse dado o objeto artístico se tornaria opaco, impermeável, sem a menor possibilidade de reflexão no outro, perdendo assim o sentido do humano.